Terror sobre rodas: cinco casos famosos de carros mal-assombrados
Você sabe, fantasmas não existem. Fenômenos sobrenaturais sempre têm alguma explicação e assombrações não passam de lendas criadas para espantar curiosos. Ou não. Especialmente quando tudo se torna suspeito demais para ser uma simples coincidência, como nas histórias destes cinco carros mal-assombrados que reunimos para você neste halloween. Ou você só acredita no que pode ver e explicar?
Porsche 550 Spyder “Little Bastard” de James Dean
James Dean viveu rápido e morreu jovem, mais exatamente aos 24 anos, quando seu Porsche 550 Spyder bateu no Ford Tudor de Donald Turnupseed. Sua curta e memorável história acabara ali, mas seu carro — ou a força sobrenatural que nele habitava — ainda precisava resolver alguns assuntos neste plano terreno.
Depois do acidente, os destroços do 550 foram parar nas mãos de George Barris, amigo de Dean e um famoso customizador de carros na época. Ele retirou o que poderia ser aproveitado e vendeu os componentes para outros pilotos. O motor e a transmissão foram vendidos a dois médicos que inscreveram seus carros para a mesma corrida em Pomona, Califórnia. Durante a corrida, os dois sofreram acidentes gravíssimos, e um deles não resistiu aos ferimentos e morreu.
Assustado com a possibilidade de algum tipo de mau agouro, Barris deu o carro à patrulha rodoviária da Califórnia. As autoridades decidiram usar os destroços como campanha educativa para os motoristas, exibindo-o em vários lugares do estado. O primeiro lugar onde o carro foi exposto, uma oficina, pegou fogo, deixando o “Little Bastard” coberto por destroços do incêndio.
Depois de removido dos destroços ele foi levado a uma escola secundária, mas durante o trajeto o carro se soltou do guincho e causou um novo acidente que por pouco não matou outra pessoa. Em outra escola secundária, o carro foi colocado em um estande, mas dias depois ele caiu e quebrou o quadril de um estudante.
Nessa turnê educativa macabra da Patrulha Rodoviária, o 550 caiu outras três vezes do caminhão que o transportava e em uma delas fez outra vítima: o motorista do caminhão, que foi esmagado pelo Porsche. O carro amaldiçoado ainda feriu dois ladrões que tentavam roubar seu volante e seus bancos. No fim, a Patrulha achou melhor se livrar do Porsche e tentou devolvê-lo para Barris, mas no caminho de volta ele desapareceu da plataforma e nunca mais foi visto.
Diz a lenda que sua morte foi prevista por seu amigo ator Alec Guiness (o Obi-Wan Kenobi, de Star Wars). Segundo a história, Dean perguntou a Guiness o que ele achava do 550 Spyder. “Você não dura uma semana se entrar nesse carro”. Dean morreu exatamente sete dias depois de comprar seu “Little Bastard”.
A limusine Graf & Stift de Franz Ferdinand
Se você não faltou nas aulas de história, certamente lembra que a Primeira Guerra mundial começou há exatos 100 anos com o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand por um anarquista bósnio. O que a escola não nos ensina é que o nobre foi executado a bordo de uma limusine Graf & Stiff, e que sua morte não seria a última causada pelo carro.
Sem contar as 20 milhões de mortes durante o conflito, o carro se envolveu em outros seis acidentes e 13 mortes. Sim: treze mortes. A primeira pessoa a comprar o carro foi um general austríaco chamado Potiorek, que ficou louco enquanto dirigia o carro em Viena. O proprietário seguinte, um político iugoslavo, sofreu quatro acidentes e perdeu um braço antes de se convencer de que o carro tinha algo errado — metafisicamente falando. Ele decidiu vender o carro a um amigo (grande amigo esse político…) que morreu seis meses depois em um acidente com o carro. Depois um capitão do exército alemão morreu quando tentou desviar o carro de dois pedestres — que também morreram. Os acidentes só pararam em 1926, quando o carro foi para o Museu de História da Guerra de Viena.
A lenda do Volga negro
Na União Soviética dos anos 1960 e 1970 havia um certo personagem urbano que assustava e preocupava as pessoas. Ele não era um homem, nem uma mulher, mas sim um carro. Um Volga negro. Ninguém sabia quem dirigia o Volga negro. Uns dizem que eram padres ou freiras, outros acham que eram satanistas ou o próprio chefe deles, sr. Satanás. O fato é que a limusine Volga pintada de preto, com rodas e cortinas brancas aparecia do nada. Ela abduzia crianças e matava quem se aproximasse dela. Às vezes quem tentasse interferir na abdução morria na hora, às vezes 24 horas depois.
Ninguém sabe por que eles pegavam as crianças, mas parece que esta é uma possível origem do estereótipo de “comedores de criancinhas” dos comunistas. Dizem que as crianças eram vendidas a milionários árabes em busca de tratamento para leucemia, outros dizem que era tráfico de órgãos mesmo.
O carro que salta sozinho da África do Sul
Em uma noite de 2004, na África do Sul, um Renault Mégane de primeira geração se ligou e começou a saltar de ré sem ninguém dentro do carro. O mais intrigante é que o caso teve nada menos que nove testemunhas , dentre as quais estão dois policiais. Todos eles ouviram o motor do francês se ligar antes do carro saltar duas vezes de ré na subida de uma ladeira. No começo a polícia desconfiou que o proprietário do carro estivesse bêbado, mas as testemunhas viram que a chave não estava no contato e o freio de mão estava puxado.
A Renault mais tarde afirmou que tudo se deveu a um cabo da partida oxidado, que causou um curto-circuito e fez o carro se ligar sozinho. Eles só não explicaram como o motor foi acelerado, uma vez que esse modelo tem borboleta acionada por cabo.
O motorista zumbi
Muito antes de fazer propaganda para o OLX e ter seu próprio seriado de TV, os zumbis aparentemente aprenderam a dirigir. Um deles até morreu (de novo) em um acidente de trânsito na Inglaterra. Sério.
Aconteceu na rodovia A3, onde os acidentes são bem comuns. Mas naquele 11 de dezembro de 2002 a polícia recebeu muitas ligações informando sobre luzes de faróis projetando-se do terreno ao redor da pista, e se apressaram em ir ao local verificar o que havia acontecido. Quando eles chegaram lá, não havia indício algum de acidentes: nada de marcas de pneus, nem galhos quebrados ou mato arrancado. Eles continuaram a procurar a cena do acidente até que toparam com um Astra bordô com o bico enfiado em uma vala, coberto por vegetação. Dentro dele havia um corpo humano em estado de decomposição.
O carro saiu a pista e caiu ali, na vala. A polícia mais tarde estimou que o acidente acontecera cinco meses antes, mas não encontrou nenhuma outra evidência de colisão ou envolvimento com outro carro. Será um caso de desova? Uma alma perdida tentando solucionar seu caso para “viver” em paz? Ou apenas um zumbi gearhead sem muito talento?